Depois de algum tempo sem por aqui deixar rasto ou referência, aproveito para apoiar o que noutros lados escrevi, e ajudar os meus amigos mais atentos a integrar temas, e para os restantes, ou eventuais, leitores que tenham um interesse autónomo de tudo o resto, deixar algumas ideias.
Reinício: todos os dias reiniciamos algo, quanto mais não seja as rotinas do acordar e levantar, ou retomar o ciclo de vida, enfim, nas condições que cada um tem.
Também nestes espaços dos blogs tenho marcado por vezes, com a palavra Início, e agora Reinício, momentos especiais no respectivo ciclo de vida, que de uma forma ou de outra acaba por estar associado à minha, na qualidade de seu autor.
Embora não sendo muito frequentes as visitas aos mesmos, e não tenha nenhum contador dos acessos, e sejam poucos os comentários neles registados, os quais muito aprecio e agradeço, tenho também recebido os comentários pessoais daquelas pessoas que me conhecem, ou preferem enviá-los para o endereço de e-mail.
Pessimismo: A propósito de um
post que coloquei no dia 31 de Dezembro algures, intitulado
Na metade , e que prenunciava uma situação de ruptura que eu não desejava pessoalmente mas que se me afigurava inevitável, e que se veio a concretizar na manhã do dia seguinte, 1 de Janeiro do corrente ano, e que por sua vez tinha um link para um poema de Fernando Pessoa ( Tudo o que faço ou medito ) , foi-me dito por um amigo, desconhecedor da situação, que tinha achado aquela nota muito pessimista.
Tristeza: Vinicius de Morais, falava da tristeza, da mulher, do perdão, do amor, e do viver; e dizia que
"Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá p'ra quem se deu
P'ra quem amou, p'ra quem chorou, p'ra quem sofreu";
recordo este poema de canção que conheço há mais de trinta anos, e transcrevo texto de A Recalcitrante .
Eu, tendo nascido de uma gravidez de risco há quase cinquenta anos, sobrevivido a uma doença grave aos 15 anos de idade, e tendo tido a possibilidade de recomeçar a a minha vida pessoal e profissional aos 43 anos; tendo sido criado numa família grande onde estavam incluídos os primos, conceito que na aldeia abrange várias gerações, e amigos, que na época em Caxias, englobava não só os da rua, como os do bairro mais os da escola, tive todas as condições para a alegria e a felicidade.
Na escola, na profissão e na vida tive, e tenho, provas de amizade que frequentemente me surpreendem e deixam emocionado.
Mas Alegria e Tristeza são a cara e coroa da mesma Moeda que é a Vida, e que importa viver com Tranquilidade ( para alguns Fé ) e Confiança.
Tudo isto a propósito da observação do meu querido
Fausto que encontrava
Tristeza nos meus escritos , comentando em particular os
versinhos sob o título
Visão, que por sua vez retomava o mote de Fernando Pessoa (
Tudo o que faço ou medito ) .
Alegria: Por coincidência a conversa que deu lugar aquela observação ocorreu no mesmo dia em que eu me tinha literalmente rebolado a rir com uns amigos com uma série de confusões sucessivas e de mal-entendidos resultante de trocas de termos e conceitos, entre diferentes pessoas, num diálogo. Assim tendo o Fausto desafiado-me a escrever sobre coisas que me tivessem dado alegria e eu arrisquei em alinhar umas palavras, num texto referenciado a esse caso, numa certa forma, caso que é o da dificuldade de comunicação, onde há má interpretação de termos e conceitos das várias partes envolvidas. Sem querer ofender ninguém, e onde os objectos citados existem mas têm significados vários e diversos (consoante as partes em diálogo). Nesse texto (
Cabo das Tormentas ) apenas uma palavra, "pacote" , tem um significado mais difícil de alcançar, pois trata-se da tradução de "package", palavra reservada em certas linguagens de programação de computadores.